Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a última gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio."
Senhor me ajude a nunca desistir de ser mulher. Ilumine o espelho do banheiro e proteja meus cremes e segredos e que, ao me olhar, eu goste do que vejo. Proteja meus cabelos do vento, os brincos e anéis dos olhares invejosos. Se eu tiver vontade de chorar, faça com que eu chore um dilúvio mas que tenha saído de casa sem pintar o olho. Para cada dia triste, me dê uma vitrine com sapatos lindos. Já que eu nunca pedi milagres, faça que minhas celulites sejam ao menos discretinhas. Cegue meus olhos para as sujeiras dos cantos. Em dias difícieis, me dê persistência para seguir na dieta. Dê também firmeza para os seios e não deixe que minha testa fique franzida a ponto de parecer uma saia plissada e eu, uma louca estressada. Faça com que o sol seja meu carregador de bateria, mas quando eu pedir um dia de chuva, não pergunte por quê. No meio de tudo isso, faça com que eu ache tempo para:virar namorada de novo, jantar fora e dormir Ajude a não faltar gasolina e não furar o pneu e, por favor afaste os motoqueiros do meu retrovisor. Senhor, por pior que seja o meu dia, faça com que ele termine. E não eu. AMÉM.
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